segunda-feira, 23 de março de 2009

Sem mais...


Sem mais para esperar, programar, combinar...
Sem mais para decidir, discutir, compartilhar e guardar segredo.

Como uma flor que no auge da beleza cai ao chão fazendo com que as cortinas se fechem e seu perfume se perca no ar.

Sem mais para memorizar.

O que tenho agora são lembranças.

Lembranças das risadas
Dos choros
Dos abraços
...olhares
...trabalhos
...notas
AMIGOS.

Minha mãe sempre dizia que ia passar rápido.
No início aconteceu quando eu tinha 13 anos e queria dirigir. Com a chegada da carta aos 18, essa vontade passou e só queria saber de ser a melhor da sala. Sentimento que morreu fácil e rápido quando percebi que curtir um barzinho na frente da faculdade era MUITO mais proveitoso e, por que não... educativo!
Com 20 veio o medo de perder tudo que havia construído. Contatos profissionais, república... Afinal, como ia sobreviver comendo de forma saudável? Sem pipoca toda madrugada (é não estou brincando ERA TODA MADRUGADA), sem as histórias malucas das meninas que moravam comido, sem dormir tarde pra acordar morta no outro dia, sem fazer a monografia no recorde merecido do Guinness Book (3 DIAS, ISSO MESMO, NÃO ESTOU BRINCANDO, 3 DIAS), sem coca-cola no café da manhã, sem a pizza velha no almoço, sem a coberta no sofá, sem a minha vidinha de estudante.

E foi assim.
Os dias passavam.
As reuniões da comissão de formatura também.
A costureira fazia o vestido.
Os convites separados.
O cabeleireiro marcado.
O penteado feito.
A maquiagem perfeita.
Os amigos perfeitos.
Os pais MAIS que perfeitos.

Enfim a sandália, bolsa, brincos, algumas coisas a mais e o vestido...

Pronto!
Agora eu era a formanda.
Eu era aquela que ia dançar, beber, pular, sorrir até cair.
Todas as conversas sobre o baile.
Todas as idéias e pactos do que faríamos na formatura, de como iríamos nos comportar, falar, fazer e desfazer.

Posso dizer que metade, quase que menos da metade das coisas prometidas aconteceram.
Uns nem beberam tanto assim.
Outros se revelaram.
Um ficou com aquela menina horrorosa.
O outro surpreendeu por apenas curtir a festa.
Saíram algumas brigas.
Saíram muitas gargalhas...

E o sempre presente e inseparável choro estava alí, nos olhos de quem sabia que tudo aquilo tinha ficado para trás... sem mais pra vir... sem mais pra ir...


Sem mais.

By Joana Mortari

2 comentários:

  1. Lindooooo gata!! Adoreii...como sempre!! hehe Bjooos

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  2. "na boa, fazer monografia em 3 dias, deve ter ficado Mara...kkkk...p/ melhorar seus textos, aprende o que é coesão e coerência, figuras de linguagem e a usar pontuação correta,ok, ah esqueci: e usar desinência verbo-nominal correta? sucesso p vc"

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